José e Maria nos ajudam a celebrar bem o Dia do Senhor. (Semente Josefina - Julho 2015)

José e Maria nos ajudam a celebrar bem o Dia do Senhor.



“Quando for à Santa Comunhão pensemos que Jesus vem a nós como uma criança pequena e então roguemos a São José que nos ajude a recebê-lo e acolhê-lo como quando ele o tinha em seus braços”. (São José Marello)

Em edições anteriores das Sementes Josefinas refletimos sobre a importância do Sacramento do matrimônio, da Palavra e da Eucaristia para a plena realização da vontade de Deus para a família. Vejamos um ensinamento do Papa Bento XVI que resume esta reflexão:
A Sagrada Família de Nazaré é verdadeiramente o "protótipo" de cada família cristã que, unida no Sacramento do matrimônio e alimentada pela Palavra e pela Eucaristia, é chamada a realizar a maravilhosa vocação e missão de ser célula viva não apenas da sociedade, mas da Igreja, sinal e instrumento de unidade para todo o gênero humano. (Papa Bento XVI)
Naquele tempo Deus precisou de José e de Maria para a educação de Jesus. Hoje consta com cada um de nós. Vejamos um pouco como era o dia a dia da Família de Nazaré, narrada pelo Pe. José Antônio Bertolin, OSJ, no capítulo 10 do “Curso de Josefologia”:
Após o retorno do período do exílio, no Egito, o dia-a-dia de José começava a tomar novamente o seu ritmo, junto com a sua castíssima esposa e o seu filho, que “crescia robusto, cheio de sabedoria, pois a graça de Deus estava com ele” (Lc 2,40). Como qualquer criança de seu tempo, Jesus queria crescer, e por isso observava com atenção o comportamento do pai e da mãe e se espelhava nos seus exemplos para tornar-se como eles. Será um aluno atento na carpintaria como esmero e manejo da serra e as pancadas certeiras do martelo. Sentir-se-á feliz aos sábados, ao deixar a labuta da oficina ou os bancos da escola para acompanhar o pai à sinagoga, ficará admirado ao seguir com atenção seus gestos e suas inclinações na casa de oração, sentira orgulho dele ao vê-lo encaminhar-se para frente na sinagoga, pegar o pergaminho da palavra de Deus nas mãos e proclamar em voz alta e altissonante a todos os presentes a palavra do Senhor.
Será no convívio com os pais que aprenderá o que é necessário para a vida, mas será também na sinagoga, lugar rico em ensinamentos, que irá entender muitas coisas. Atraído por sua curiosidade de criança, saberá que a pequena lâmpada, sempre acesa diante do armário que guarda sigilosamente os pergaminhos da Sagrada Escritura, simboliza a luz da lei divina ali presente que ilumina todos os homens. Será na frequência à sinagoga que compreenderá que as estrelas de seis pontas significam o emblema do seu antepassado Davi, o grande rei que escreveu salmos belíssimos, muitos dos quais já sabia de cor, pois tinha aprendido em casa nos joelhos de Maria, sua mãe, ou na companhia do pai na carpintaria.
Será na sua família, pequena escola de Nazaré, que Jesus aprenderá a rezar e santificar o dia elevando o pensamento a Deus com as orações costumeiras do israelita. José e Maria, cientes da educação devida ao filho, não se limitarão a transmitir ensinamentos a Jesus apenas em casa, mas seguramente o encaminharão todos os dias a uma escola sinagogal, onde terá como livro os textos sagrados e como professor um rabi. Na escola aprenderá a recitar em voz alta o Shemá, a fórmula fundamental da fé do seu povo, assim como aprenderá longos trechos do Pentateuco. Em casa, aos poucos, entenderá os episódios, da história do seu povo, e como toda criança começará a amar os seus heróis estudados nos textos sagrados, como os Profetas, o poderoso José do Egito, Moisés o grande libertador e líder que conduziu o povo da escravidão do Egito pelo deserto por quarenta anos até a terra prometida, e Davi, que na sua simplicidade abateu o gigante Golias...
O Papa Bento XVI, por sua vez, relembra que a educação de Jesus fez parte da missão, do “papel paterno” de São José:
José cumpriu plenamente o seu papel paterno, sob todos os aspectos. Certamente educou Jesus na oração, juntamente com Maria. Ele, em particular, tê-lo-á levado consigo à sinagoga, aos ritos do sábado, assim como a Jerusalém, para as grandes festas do povo de Israel. José, segundo a tradição judaica, terá guiado a oração doméstica quer no dia-a-dia — de manhã, à noite, nas refeições — quer nas principais festas religiosas. Assim, no ritmo dos dias transcorridos em Nazaré, entre a casa simples e a oficina de José, Jesus aprendeu a alternar oração e trabalho, e a oferecer a Deus também a fadiga para ganhar o pão necessário para a família. (Papa Bento XVI)
 A celebração do “Dia do Senhor” e, como ponto culminante desta celebração, o encontro pessoal e comunitário com Jesus Eucarístico são dois grandes dons de Deus para a felicidade e a santificação de nossas famílias. No dia 05/02/2014 em sua “Catequese” o Papa Francisco falou-nos sobre a Eucaristia. Vejamos:
A Eucaristia é o ápice da ação da salvação de Deus: O Senhor Jesus, se fez pão partido por nós, derrama sobre nós toda a sua misericórdia e seu amor, e assim renova o nosso coração, a nossa existência e a maneira como nos relacionamos com Ele e com os irmãos. É por isto que sempre, quando nos aproximamos deste sacramento, se diz de: “Receber a Comunhão”, de “fazer a Comunhão”: isto significa que o poder do Espírito Santo, a participação na mesa eucarística se conforma de modo profundo e único a Cristo, nos fazendo experimentar já a plena comunhão com o Pai que caracterizará o banquete celeste, onde com todos os Santos teremos a alegria de contemplar Deus face a face. Queridos amigos, nunca conseguiremos agradecer ao Senhor pelo dom que nos fez com a Eucaristia! É um grande dom e por isto é tão importante ir à Missa aos domingos.
A comunhão de vida com Deus é um dom especial e Ele concede a cada um a graça de acolhê-lo e permanecer com Ele e são diversos modos para que isto aconteça. Mas, entre estes diversos modos a comunhão eucarística, receber Jesus na Eucaristia, é certamente uma forma privilegiada de comunhão com Cristo, pois se trata de uma união sacramental. Vejamos algumas palavras de São José Marello: 
“Quando for à Santa Comunhão pensemos que Jesus vem a nós como uma criança pequena e então roguemos a São José que nos ajude a recebê-lo e acolhê-lo como quando ele o tinha em seus braços”. (São José Marello)
“Quando estivermos para chegar à Santa Comunhão, voltemo-nos para Maria Santíssima dizendo-lhe com confiança: Mamãe, conduze-me a Jesus”. (São José Marello)
“Agradeçamos ao Senhor por todos os bens espirituais que nos tem concedido, especialmente agradeçamos-lhe pela Santíssima Eucaristia, que é o maior de seus benefícios, e a melhor ação de graças é ir recebê-la com frequência, se possível a cada dia”. (São José Marello)
Também para aqueles que estão impedidos de receber Jesus na Santa Eucaristia a celebração do Dia do Senhor é um grande presente de Deus. Os casais que estão vivendo uma segunda união sem ter celebrado o Sacramento do Matrimônio, por exemplo, não podem receber a Comunhão Eucarística, mas podem, e devem, celebrar o Dia do Senhor e viver em comunhão com Deus. Falaremos sobre isso na próxima edição da Semente Josefina.