José e Maria, exemplos da grandiosidade de uma vida simples e laboriosa. (Semente Josefina - Junho de 2015)

José e Maria, exemplos da grandiosidade de uma vida simples e laboriosa.

“O exemplo de São José é para todos nós um forte convite a desempenhar com fidelidade, simplicidade e humildade a tarefa que a Providência nos destinou. Penso antes de tudo, nos pais e nas mães de família, e rezo para que saibam sempre apreciar a beleza de uma vida simples e laboriosa, cultivando com solicitude o relacionamento conjugal e cumprindo com entusiasmo a grande e difícil missão educativa”.
(Papa Bento XVI, 19/03/2006)

São José Marello nos ensinou que o exercício constante das pequenas virtudes é muito agradável a Deus, e apresentou José e Maria como exemplos na valorização e no enriquecimento das pequenas coisas:
O grão de mostarda é considerado a menor semente entre as que germinam na horta e no entanto se desenvolvem tanto que chegam a ser uma árvore: por isso representam bem as pequenas virtudes, as quais podem produzir uma grande santidade. Com efeito, os grandes santos chegaram á sua santidade não tanto pela prática de virtudes extraordinárias, para as quais as ocasiões são raras, mas com os atos repetidos e incessantes de pequenas virtudes. Assim São José, não fez coisas extraordinárias: mas com a prática da virtudes ordinárias e comuns chegou àquela santidade que o eleva sobre todos os demais santos. Também Jesus não fez sempre atos extraordinários e heróicos, como deixar sua mãe e morrer na cruz, mas quantos pequenos atos de virtude fez Ele e com quanto méritos. (São José Marello)
Admiremos aquela inefável beleza da alma de Maria, a qual é um formosíssimo desenho que consta de muitos pequenos pontos, todos perfeitos. Com efeito, a beleza de Maria não se compõe senão de muitas pequenas virtudes, mas todas perfeitas que, reunidas em sua bela alma, a fizeram tão bela, tão grande, tão querido do Senhor. (São José Marello)
Também o Papa Bento XVI, por sua vez, destaca a beleza e a eficácia “de uma vida simples e laboriosa”, e apresenta a Sagrada Família como modelo de educação pelo exemplo. São palavras preciosas e que muito podem contribuir para o crescimento e o fortalecimento das famílias, sobretudo por destacar as “pequenas virtudes” que podem ser vividas por todas as famílias. Ouçamos o Papa:
O exemplo de São José é para todos nós um forte convite a desempenhar com fidelidade, simplicidade e humildade a tarefa que a Providência nos destinou. Penso antes de tudo, nos pais e nas mães de família, e rezo para que saibam sempre apreciar a beleza de uma vida simples e laboriosa, cultivando com solicitude o relacionamento conjugal e cumprindo com entusiasmo a grande e difícil missão educativa. (Papa Bento XVI, 19/03/2006)
Neste último domingo do ano celebramos a festa da Sagrada Família de Nazaré. É com alegria que dirijo uma saudação a todas as famílias do mundo, desejando-lhes a paz e o amor que Jesus nos concedeu ao vir no meio de nós no Natal. No Evangelho não encontramos discursos sobre a família, mas uma admoestação que vale mais do que toda a palavra: Deus quis nascer e crescer numa família humana. Deste modo consagrou-a como caminho primário e efetivo do seu encontro com a humanidade. Na vida transcorrida em Nazaré, Jesus honrou a Virgem Maria e o justo José, permanecendo submetido à sua autoridade por todo o tempo da sua infância e adolescência (cf. Lc 2, 51-52). Deste modo, lançou luz sobre o valor primordial da família na educação da pessoa. Por Maria e José, Jesus foi introduzido na comunidade religiosa, frequentando a sinagoga de Nazaré. Com eles, aprendeu a fazer a peregrinação a Jerusalém, como narra o trecho evangélico que a liturgia hodierna propõe à nossa meditação. Quando tinha doze anos, permaneceu no Templo, e os seus pais empregaram três dias para o encontrar. Com aquele gesto, fez-lhes compreender que Ele se tinha de "ocupar das coisas do seu Pai", ou seja, da missão que o Pai lhe confiara (cf. Lc 2, 41-52). Este episódio evangélico revela a mais autêntica e profunda vocação da família: isto é, a de acompanhar cada um dos seus componentes pelo caminho da descoberta de Deus e do desígnio que Ele lhe predispôs. (Papa Bento XVI, 31/12/2006)
Maria e José educaram Jesus, em primeiro lugar, com o seu exemplo: nos seus pais, Ele conheceu toda a beleza da fé, do amor a Deus e à sua Lei, assim como as exigências da justiça, que encontra o seu pleno cumprimento no amor (cf. Rm 13, 10). Deles aprendeu que antes de tudo é necessário realizar a vontade de Deus, e que o laço espiritual vale mais que o vínculo do sangue. (Papa Bento XVI, 31/12/2006)
A Sagrada Família de Nazaré é verdadeiramente o "protótipo" de cada família cristã que, unida no Sacramento do matrimônio e alimentada pela Palavra e pela Eucaristia, é chamada a realizar a maravilhosa vocação e missão de ser célula viva não apenas da sociedade, mas da Igreja, sinal e instrumento de unidade para todo o gênero humano. (Papa Bento XVI, 31/12/2006)
Aos sacerdotes, que exercem a paternidade em relação às comunidades eclesiais, São José obtenha que amem a Igreja com afeto e dedicação total, e ampare as pessoas consagradas na sua jubilosa e fiel observância dos conselhos evangélicos de pobreza, castidade e obediência. Proteja os trabalhadores de todo o mundo, para que contribuam com as suas várias profissões para o progresso de toda a humanidade, e ajude cada cristão a realizar com confiança e com amor a vontade de Deus, cooperando assim para o cumprimento da obra da salvação. (Papa Bento XVI, 19/03/2006)
José cumpriu plenamente o seu papel paterno, sob todos os aspectos. Certamente educou Jesus na oração, juntamente com Maria. Ele, em particular, tê-lo-á levado consigo à sinagoga, aos ritos do sábado, assim como a Jerusalém, para as grandes festas do povo de Israel. José, segundo a tradição judaica, terá guiado a oração doméstica quer no dia-a-dia — de manhã, à noite, nas refeições — quer nas principais festas religiosas. Assim, no ritmo dos dias transcorridos em Nazaré, entre a casa simples e a oficina de José, Jesus aprendeu a alternar oração e trabalho, e a oferecer a Deus também a fadiga para ganhar o pão necessário para a família. (Papa Bento XVI, 28/12/2011)
Invoquemos agora (a bênção de Deus), juntamente com a proteção de Maria Santíssima a de São José, para cada família, de modo especial para as que estão em dificuldade. Que eles as sustentem, a fim de que saibam resistir aos impulsos desagregadores de uma certa cultura contemporânea, que debilita as próprias bases da instituição familiar. Ajudem as famílias cristãs a serem, em todas as partes do mundo, imagem viva do amor de Deus. (Papa Bento XVI, 31/12/2006)
Jesus, José e Maria nos mostraram o grande valor das pequenas virtudes e como a sua vivência faz um enorme bem para a vida em família e em comunidade: precisamos agora fazer a nossa parte, sabendo que não estamos sozinhos, eles estão sempre conosco!
Quantos pequenos atos de obediência, humildade, paciência podemos fazer. Estas pequenas virtudes não conhecidas pelos homens, mas muito agradáveis a Deus, fazem subir a uma alta perfeição e formam a árvore da santidade cuja semente não é mais que um pequeno grão. (São José Marello)