Percorrendo o “pequeno caminho”, com José e Maria. (Semente Josefina - Fevereiro 2015)

1 Acolhida

2 Oração Inicial

3 Tema do Mês

Percorrendo o “pequeno caminho”, com José e Maria.

São José não fez coisas extraordinárias; mas com a prática constante de virtudes ordinárias e comuns atingiu aquela santidade que o eleva muito além de todos os outros santos. Também Jesus não realizou sempre atos extraordinários e heróicos, como o afastamento da mãe e a morte de cruz. Mas quantos atos de virtude Ele fez e quanto mereceu! (São José Marello)

O Padre Severino Dalmaso, ex Superior Geral dos Oblatos de São José, um dos maiores conhecedores de José Marello e certamente o seu maior biógrafo, registrou em seus escritos um ponto muito importante sobre São José Marello: a sua visão de que o “pequeno caminho” percorrido por José e Maria é um modelo de vida e santidade acessível a todas as pessoas. Ouçamos as palavras do Pe. Severino Dalmaso: 
Para o Bem-aventurado José Marello, a figura de Maria era um caminho seguro para chegar a Jesus. "Vamos a Maria por meio de Jesus — costumava ele repetir — e a Jesus por meio de Maria: é este o caminho que devemos trilhar para chegar diretamente ao Céu".
Todos nós conhecemos a sua grande devoção a Maria Santíssima, que ele praticou com verdadeiro amor filial, considerando-a a Mãe da sua vocação, do seu sacerdócio e depois do seu episcopado. Poderíamos acrescentar que a devoção a São José era para ele uma consequência do seu grande amor a Maria; portanto esta também devia conduzir ao mesmo fim, o de amar e servir aos interesses de Jesus. Neste sentido ele dizia:
"Recomendemo-nos ao glorioso São José, guia e mestre da vida espiritual, modelo sublime de vida interior e escondida. Na sua vida familiar ele também se encontrou nas mesmas circunstâncias nossas. Imitemo-lo na prática daquelas virtudes humildes e escondidas que agradam muito a Deus e ajudam muito a alma a progredir e a santificar-se". 
Como podemos ver, a devoção a São José devia conduzir à santidade, ou seja, à união com Deus, através da santificação das ações diárias e através do zelo nas atividades apostólicas. Desta maneira ele enunciava o "pequeno caminho" das virtudes simples que deveriam levar diretamente a Jesus, como foi a vida de Maria e de José, toda empregada em benefício do Filho de Deus Encarnado.

Assim, motivados pelas palavras e discernimento do Pe. Dalmaso, empenhemo-nos também nós para percorrer o “pequeno caminho”, cujos primeiros e maiores caminhantes foram Jesus, José e Maria. E isto pode ser feito seguindo as orientações de São José Marello: 
O grão de mostarda é considerado a menor das sementes semeadas na horta, e no entanto, ela se desenvolve a ponto de se tornar uma grande e bela árvore. Por esta razão ela representa bem as pequenas virtudes, as quais podem produzir uma grande santidade. De fato, os grandes santos atingiram sua santidade não tanto por pela prática de virtudes extraordinárias, para as quais as ocasiões são muito raras, mas com os atos repetidos e incessantes das pequenas virtudes.
Assim, São José não fez coisas extraordinárias; mas com a prática constante de virtudes ordinárias e comuns atingiu aquela santidade que o eleva muito além de todos os outros santos. Também Jesus não realizou sempre atos extraordinários e heróicos, como o afastamento da mãe e a morte de cruz. Mas quantos atos de virtude Ele fez e quanto mereceu!
Animemo-nos à imitação de Maria Santíssima Imaculada, a qual praticou perfeitamente as pequenas virtudes que a elevaram depois a tão eminente santidade e grandeza.
Admiremos aquela inefável beleza da alma de Maria, a qual é um formosíssimo desenho que consta de muitos pequenos pontos, todos perfeitos. Com efeito, a beleza de Maria não se compõe senão de muitas pequenas virtudes, mas todas perfeitas que, reunidas em sua bela alma, a fizeram tão bela, tão grande, tão querido do Senhor.
Humilhemo-nos e peçamos a Deus muitas graças, também graças extraordinárias, mas em especial a de vencermos nas pequenas coisas.
Cuidemos de santificar as pequenas coisas: um pequeno ato de paciência ou de caridade, companhado de reta intenção, adquire um imenso valor aos olhos de Deus.
Papa Francisco, por ocasião do dia de São José Operário, em 01/05/2013, também nos exortava a valorizarmos as tarefas do dia a dia:
Queridos irmãos e irmãs, rogamos a São José e à Virgem Maria que nos ensinem a sermos fiéis a nossas tarefas diárias, a viver nossa fé nas ações do dia a dia e dar mais espaço ao Senhor em nossas vidas, a parar para contemplar Seu rosto.
O Papa Bento XVI, por ocasião da visita dos bispos do Brasil no Vaticano em 25/09/2009, pediu aos bispos que cuidem das famílias:
"Para ajudar as famílias, vos exorto a propor-lhes, com convicção, as virtudes da Sagrada Família: a oração, pedra angular de todo lar fiel à sua própria identidade e missão; a laboriosidade, eixo de todo o matrimônio maduro e responsável; o silêncio, cimento de toda a atividade livre e eficaz. Desse modo, encorajo os vossos sacerdotes e os centros pastorais das vossas dioceses a acompanhar as famílias, para que não sejam iludidas e seduzidas por certos estilos de vida relativistas, que as produções cinematográficas e televisivas e outros meios de informação promovem".
Percorrer o “pequeno caminho”, com José e Maria, valorizando as pequenas as ações de cada membro da família, eis o convite que recebemos e que pode mudar a nossa vida para melhor. 

4 Reflexão e Partilha
Partilhar sobre as palavras do Papa Bento XVI, citadas nesta Semente Josefina.
5 Compromisso do Mês
Rezarmos pelas famílias e em família. Se possível, reunir a família e rezarmos juntos o Santo Terço.
6 Oração Final