São José, Modelo e Mestre do serviço na alegria. (Semente Josefina - Julho 2011)

1 Acolhida


2 Oração Inicial

Além das orações de costume, proclamar a Palavra do Mês: Lucas 2,51-52.

3 Tema do Mês


         São José, Modelo e Mestre do serviço na alegria. São José não fez coisas extraordinárias, mas com sua constante prática das virtudes ordinárias e comuns chegou àquela santidade que o eleva sobre todos os santos Também Jesus não fez sempre atos extraordinários e heróicos, como o deixar a sua Mãe e morrer na cruz, mas quantos pequenos atos de virtude fez Ele e com quantos méritos. (São José Marello)

O Evangelho registra que Jesus, durante a maior parte de sua vida, antes do início de seu ministério público, teve uma vida simples e santa, ao lado e sob a proteção e orientação de José e Maria. Um dos textos do Evangelho que falam disto é o de Lucas 2:

“Desceu então com eles para Nazaré e era-lhes submisso. Sua Mãe, porém, conservava a lembrança de todos estes fatos em seu coração. E Jesus crescia em sabedoria, em estatura e em graça, diante de Deus e dos homens”. (Lc 2,51-52)
Neste período a Sagrada Família de Nazaré não teve notoriedade nenhuma. Eram pessoas conhecidas, amadas e respeitadas em sua comunidade mas, aos olhos de todos era mais uma entre as centenas de famílias do pobre lugar onde viviam.

A santidade, porém, nunca lhes faltou. A Sagrada Família sempre foi, em todos os momentos e circunstâncias, exemplo e fonte de santificação para todas as pessoas de todos os tempos.

O Papa João Paulo II esclarece que José cumpriu fielmente a missão que lhe foi designada por Deus: estar a serviço de Jesus e Maria. Vejamos o texto da exortação apostólica Redemptoris Custos:

“São José foi chamado por Deus para servir diretamente a Pessoa e a missão de Jesus, mediante o exercício da sua paternidade: desse modo, precisamente, ele «coopera no grande mistério da Redenção, quando chega a plenitude dos tempos», e é verdadeiramente «ministro da salvação». A sua paternidade expressou-se concretamente «em ter feito da sua vida um serviço, um sacrifício, ao mistério da Encarnação e à missão redentora com o mesmo inseparavelmente ligada; em ter usado da autoridade legal, que lhe competia em relação à Sagrada Família, para lhe fazer o dom total de si mesmo, da sua vida e do seu trabalho; e em ter convertido a sua vocação humana para o amor familiar na sobre-humana oblação de si, do seu coração e de todas as capacidades, no amor que empregou ao serviço do Messias germinado na sua casa»”. (Redemptoris Custos 8).


Ao apontar São José e Maria como exemplos de pessoas que colocaram suas vidas a serviço de Jesus, e dos interesses de Jesus, a Igreja nos ensina que esta é a nossa missão também, a exemplo e sob a proteção da Sagrada Família.

Esta santidade da vida cotidiana, vivida na alegria e no serviço, com simplicidade e fidelidade, foi proposta ao jovens pelo Papa João Paulo II quando, durantes suas manifestações por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, propôs aos jovens o desafio da santidade concreta e realizadora. Santidade que brota do alegre encontro com Jesus e do seu seguimento no dia a dia.


Vejamos a feliz expressão do Papa:

                            Precisamos de Santos. 

Precisamos de santos sem véu ou batina.

Precisamos de santos de calças jeans e tênis.


Precisamos de santos que vão ao cinema, ouvem música e passeiam com amigos.


Precisamos de santos que coloquem Deus em primeiro lugar e que se “lascam” na faculdade.


Precisamos de santos que tenham tempo diário para a oração e que saibam namorar na pureza e castidade, ou que consagrem sua castidade.


Precisamos de santos modernos, santos do século XXI, com uma espiritualidade inserida em nosso tempo.

Precisamos de santos comprometidos com os pobres e com as necessárias mudanças sociais.

Precisamos de santos que vivam no mundo, que se santifiquem no mundo, que não tenham medo de viver no mundo.

Precisamos de santos que bebam coca-cola e comam hot dog, que usem jeans, que sejam internautas.

Precisamos de santos que amem apaixonadamente a Eucaristia e que não tenham vergonha de comer uma pizza nos fim-de-semana com os amigos.

Precisamos de santos que gostem de cinema, de teatro, de música, de dança.

Precisamos de santos sociáveis, abertos, normais, amigos, alegres, companheiros.

(João Paulo II, Papa)

Com as devidas adaptações à realidade de sua época, a vida da Sagrada Família de Nazaré antes do início da vida pública de Jesus teve estas características apontadas pelo Papa.

São José Marello, também ele convicto da importância da santificação da vida cotidiana e, convicto do ilustre exemplo de São José neste sentido, nos deixou esta maravilhosa comparação:

O grão de mostarda é considerado a menor das sementes semeadas na horta, e no entanto, ela se desenvolve a ponto de se tornar uma grande e bela árvore. Por esta razão ela representa bem as pequenas virtudes, as quais podem produzir uma grande santidade. De fato, os grandes santos atingiram sua santidade não tanto por pela prática de virtudes extraordinárias, para as quais as ocasiões são muito raras, mas com os atos repetidos e incessantes das pequenas virtudes.

Assim, São José não fez coisas extraordinárias; mas com a prática constante de virtudes ordinárias e comuns atingiu aquela santidade que o eleva muito além de todos os outros santos. Também Jesus não realizou sempre atos extraordinários e heróicos, como o afastamento da mãe e a morte de cruz. Mas quantos atos de virtude Ele fez e quanto mereceu!

(São José Marello)

São José, Modelo e Mestre do serviço na alegria, rogai por nós!

4 Reflexão e Partilha


Partilhar sobre como a Sagrada Família de Nazaré viviam estes Ensinamentos do Papa João Paulo II sintetizados no texto: Precisamos de Santos.

5 Compromisso do Mês

Praticar a graça de servir a Deus na alegria e na fidelidade.

6 Oração Final