José e Maria, exemplos de amor, fidelidade e dedicação (Semente Josefina - outubro de 2015)

José e Maria, exemplos de amor, fidelidade e dedicação. 

O crescimento de Jesus “em sabedoria, em estatura e em graça” (Lc 2,52), deu-se no âmbito da Sagrada Família, sob o olhar de São José, que tinha a alta função de o “criar”; ou seja, de alimentar, vestir e instruir Jesus na Lei e num ofício, em conformidade com os deveres estabelecidos para o pai.
(Papa João Paulo II - Redemptoris Custos 16)

“Desejo a todas as famílias cristãs que vivam na presença de Deus, com o mesmo amor e a mesma alegria da família de Jesus, Maria e José”. Este desejo do Papa Bento XVI, (Ângelus - Domingo, 30 de Dezembro de 2012) também foi manifestado diversas vezes por outros Papas e mostra o quanto a Igreja confia na intercessão e no exemplo de da Sagra Família. Nesta ocasião o Papa Bento XVI apresenta três características de José e Maria muito importantes para todos os pais. Vejamos:
Hoje é a festa da Sagrada Família de Nazaré. Na liturgia o trecho do Evangelho de Lucas apresenta-nos a Virgem Maria e São José que, fiéis à tradição, vão a Jerusalém para a Páscoa juntamente com Jesus, quando Ele tinha doze anos.
A primeira vez que Jesus entrou no Templo do Senhor tinha sido quarenta dias depois do seu nascimento, quando os seus pais ofereceram por ele «um par de rolas ou duas pombinhas» (Lc 2, 24), isto é, o sacrifício dos pobres. «Lucas, cujo inteiro Evangelho está impregnado de uma teologia dos pobres e da pobreza, faz compreender... que a família de Jesus estava incluída entre os pobres de Israel; faz-nos entender que precisamente entre eles podia amadurecer o cumprimento da promessa» (A Infância de Jesus, 96). Hoje Jesus está de novo no Templo, mas desta vez desempenha um papel diferente, que o envolve em primeira pessoa. Ele realiza, juntamente com Maria e José, a peregrinação a Jerusalém segundo quanto prescreve a Lei (cf. Êx 23, 17; 34, 23 ss.), mesmo se não tinha completado o décimo terceiro ano de idade: um sinal da profunda religiosidade da Sagrada Família. Contudo, quando os seus pais regressam a Nazaré, acontece algo inesperado: Ele, sem dizer nada, permanece na Cidade. Por três dias Maria e José procuram-no e encontram-no no Templo, em diálogo com os doutores da Lei (cf. Lc 2, 46-47); e quando lhe pedem explicações, Jesus responde que não devem admirar-se porque aquele é o seu lugar, aquela é a sua casa, junto do Pai, que é Deus (cf. A Infância de Jesus, 143). «Ele — escreve Orígenes — professa que está no templo do seu Pai, o Pai que revelou a nós e do qual disse que é Filho» (Homilias sobre o Evangelho de Lucas, 18, 5).
A preocupação de Maria e José por Jesus é a mesma de todos os pais que educam um filho, que o introduzem na vida e na compreensão da realidade. Portanto, hoje é indispensável dirigir uma oração especial ao Senhor por todas as famílias do mundo. Imitando a Sagrada Família de Nazaré, os pais se preocupem seriamente pelo crescimento e pela educação dos próprios filhos, a fim de que amadureçam como homens responsáveis e cidadãos honestos, sem nunca esquecer que a fé é um dom precioso que deve ser alimentado nos próprios filhos, inclusive com o exemplo pessoal. Ao mesmo tempo, rezemos para que cada criança seja recebida como dom de Deus, apoiada pelo amor do pai e da mãe, para poder crescer como o Senhor Jesus, «em sabedoria, idade e graça diante de Deus e dos homens» (Lc 2, 52). O amor, a fidelidade e a dedicação de Maria e José sejam exemplo para todos os esposos cristãos, que não são os amigos ou os donos da vida dos seus filhos, mas os guardiães deste dom incomparável de Deus.
O silêncio de José, homem justo (cf. Mt 1, 19), e o exemplo de Maria, que ponderava todas as coisas no seu coração (cf. Lc 2, 51), nos façam entrar no mistério cheio de fé e humanidade da Sagrada Família. Desejo a todas as famílias cristãs que vivam na presença de Deus, com o mesmo amor e a mesma alegria da família de Jesus, Maria e José.
Amor, fidelidade e dedicação. Estas “virtudes” são tão necessárias para o crescimento e a plena realização do casal e dos filhos que contam-se às centenas de milhares o número de vezes que os bons formadores as indicaram como essenciais para as famílias. A própria liturgia do matrimonio destaca a necessidade destas virtudes para a efetividade do sacramento.

Amor, fidelidade e dedicação, do jeito de José e de Maria: eis a indicação do Santo Papa para que os esforços educativos dos pais seja ainda mais efetivo. Do “jeito de José e de Maria” (imitação) e sob a “proteção amorosa do Santo Casal” (intercessão), eis o que nos ensinam os papas e que o Papa São João Paulo II resumiu de forma muito clara:

É para mim uma alegria cumprir este dever pastoral, no intuito de que cresça em todos a devoção ao Patrono da Igreja universal e o amor ao Redentor, que ele serviu de maneira exemplar. Desta forma, todo o povo cristão não só recorrerá a São José com maior fervor e invocará confiadamente o seu patrocínio, mas também terá sempre diante dos olhos o seu modo humilde e amadurecido de servir e de «participar» na economia da salvação. (São João Paulo II – Redemptoris Custos, 1)

Amor, fidelidade e dedicação: três virtudes que podem revigorar a vida das famílias, mesmo aquelas que já passaram pela infeliz experiência das consequências advinda quando estas virtudes não são seguidas. Sempre é tempo de recomeçar! Se for necessário, peça perdão para sua família! Sempre, “setenta vezes sete vezes” já dizia Jesus, ofereça o perdão. E recomecem. Agora vocês sabem que não estão sozinhos e isso fará toda a diferença. Confiem na intercessão de José e de Maria, como São José Marello sempre fez e registrou em seus escritos.

“Alegremo-nos por sermos protegidos por São José, o qual é tão poderoso junto a Jesus, que não sabe negar-lhe nada. Jesus sobre esta terra somente deu tudo continuamente sem receber nada de ninguém; somente de Maria e de José recebeu tantos préstimos. Agora Ele gosta de retribuir no céu os serviços que recebeu na terra e por isso concede a São José tudo quanto ele pede. E São José, o qual não precisa de mais nada para si, pede e recebe para nós, que somos seus clientes afeiçoados e devotos”. (São José Marello)


José e Maria, incomparáveis exemplos de amor, fidelidade e dedicação - e nossos “advogados” no céu - rogai por nós!