José e Maria,
exemplos de amor, fidelidade e dedicação.
O crescimento de Jesus
“em sabedoria, em estatura e em graça” (Lc 2,52), deu-se no âmbito da
Sagrada Família, sob o olhar de São José, que tinha a alta função de o “criar”;
ou seja, de alimentar, vestir e instruir Jesus na Lei e num ofício, em
conformidade com os deveres estabelecidos para o pai.
(Papa
João Paulo II - Redemptoris Custos 16)
“Desejo a todas as famílias cristãs que vivam na presença de Deus, com o
mesmo amor e a mesma alegria da família de Jesus, Maria e José”. Este desejo do
Papa Bento XVI, (Ângelus - Domingo, 30 de Dezembro de 2012) também foi
manifestado diversas vezes por outros Papas e mostra o quanto a Igreja confia
na intercessão e no exemplo de da Sagra Família. Nesta ocasião o Papa Bento XVI
apresenta três características de José e Maria muito importantes para todos os
pais. Vejamos:
Hoje é a festa da Sagrada Família de Nazaré. Na liturgia o trecho do
Evangelho de Lucas apresenta-nos a Virgem Maria e São José que, fiéis à
tradição, vão a Jerusalém para a Páscoa juntamente com Jesus, quando Ele tinha
doze anos.
A primeira vez que Jesus entrou no Templo do Senhor tinha sido quarenta
dias depois do seu nascimento, quando os seus pais ofereceram por ele «um par
de rolas ou duas pombinhas» (Lc 2, 24), isto é, o sacrifício dos
pobres. «Lucas, cujo inteiro Evangelho está impregnado de uma teologia dos
pobres e da pobreza, faz compreender... que a família de Jesus estava incluída
entre os pobres de Israel; faz-nos entender que precisamente entre
eles podia amadurecer o cumprimento da promessa» (A Infância de Jesus, 96).
Hoje Jesus está de novo no Templo, mas desta vez desempenha um papel diferente,
que o envolve em primeira pessoa. Ele realiza, juntamente com Maria e José, a
peregrinação a Jerusalém segundo quanto prescreve a Lei (cf. Êx 23,
17; 34, 23 ss.), mesmo se não tinha completado o décimo terceiro ano de idade:
um sinal da profunda religiosidade da Sagrada Família. Contudo, quando os seus
pais regressam a Nazaré, acontece algo inesperado: Ele, sem dizer nada,
permanece na Cidade. Por três dias Maria e José procuram-no e encontram-no no
Templo, em diálogo com os doutores da Lei (cf. Lc 2, 46-47); e
quando lhe pedem explicações, Jesus responde que não devem admirar-se porque
aquele é o seu lugar, aquela é a sua casa, junto do Pai, que é Deus (cf. A
Infância de Jesus, 143). «Ele — escreve Orígenes — professa que está no
templo do seu Pai, o Pai que revelou a nós e do qual disse que é Filho» (Homilias
sobre o Evangelho de Lucas, 18, 5).
A preocupação de Maria e José por Jesus é a mesma de todos os pais que
educam um filho, que o introduzem na vida e na compreensão da realidade.
Portanto, hoje é indispensável dirigir uma oração especial ao Senhor por todas
as famílias do mundo. Imitando a Sagrada Família de Nazaré, os pais se
preocupem seriamente pelo crescimento e pela educação dos próprios filhos, a
fim de que amadureçam como homens responsáveis e cidadãos honestos, sem nunca
esquecer que a fé é um dom precioso que deve ser alimentado nos próprios
filhos, inclusive com o exemplo pessoal. Ao mesmo tempo, rezemos para que cada
criança seja recebida como dom de Deus, apoiada pelo amor do pai e da mãe, para
poder crescer como o Senhor Jesus, «em sabedoria, idade e graça diante de Deus
e dos homens» (Lc 2, 52). O amor, a fidelidade e a dedicação de
Maria e José sejam exemplo para todos os esposos cristãos, que não são os
amigos ou os donos da vida dos seus filhos, mas os guardiães deste dom
incomparável de Deus.
O silêncio de José, homem justo (cf. Mt 1, 19), e o
exemplo de Maria, que ponderava todas as coisas no seu coração (cf. Lc 2,
51), nos façam entrar no mistério cheio de fé e humanidade da Sagrada Família.
Desejo a todas as famílias cristãs que vivam na presença de Deus, com o mesmo
amor e a mesma alegria da família de Jesus, Maria e José.
Amor, fidelidade e
dedicação. Estas “virtudes” são tão necessárias para o crescimento e a plena
realização do casal e dos filhos que contam-se às centenas de milhares o número
de vezes que os bons formadores as indicaram como essenciais para as famílias.
A própria liturgia do matrimonio destaca a necessidade destas virtudes para a
efetividade do sacramento.
Amor, fidelidade e
dedicação, do jeito de José e de Maria: eis a indicação do Santo Papa para que
os esforços educativos dos pais seja ainda mais efetivo. Do “jeito de José e de
Maria” (imitação) e sob a “proteção amorosa do Santo Casal” (intercessão), eis
o que nos ensinam os papas e que o Papa São João Paulo II resumiu de forma
muito clara:
É para mim uma alegria cumprir este dever pastoral, no intuito de que
cresça em todos a devoção ao Patrono da Igreja universal e o amor ao Redentor,
que ele serviu de maneira exemplar. Desta forma, todo o povo cristão não só
recorrerá a São José com maior fervor e invocará confiadamente o seu
patrocínio, mas também terá sempre diante dos olhos o seu modo humilde e
amadurecido de servir e de «participar» na economia da salvação. (São João
Paulo II – Redemptoris Custos, 1)
Amor, fidelidade e
dedicação: três virtudes que podem revigorar a vida das famílias, mesmo aquelas
que já passaram pela infeliz experiência das consequências advinda quando estas
virtudes não são seguidas. Sempre é tempo de recomeçar! Se for necessário, peça
perdão para sua família! Sempre, “setenta vezes sete vezes” já dizia Jesus,
ofereça o perdão. E recomecem. Agora vocês sabem que não estão sozinhos e isso
fará toda a diferença. Confiem na intercessão de José e de Maria, como São José
Marello sempre fez e registrou em seus escritos.
“Alegremo-nos por sermos protegidos por São José, o qual é
tão poderoso junto a Jesus, que não sabe negar-lhe nada. Jesus sobre esta terra
somente deu tudo continuamente sem receber nada de ninguém; somente de Maria e
de José recebeu tantos préstimos. Agora Ele gosta de retribuir no céu os
serviços que recebeu na terra e por isso concede a São José tudo quanto ele
pede. E São José, o qual não precisa de mais nada para si, pede e recebe para
nós, que somos seus clientes afeiçoados e devotos”. (São José Marello)
José e Maria, incomparáveis exemplos de amor,
fidelidade e dedicação - e nossos “advogados” no céu
- rogai por nós!