2 Oração
Inicial
3 Tema
do Mês
São José, Patrono dos vocacionados
e precioso auxílio para as escolhas definitivas.
(São José Marello –
Ensinamentos Espirituais)
Em diversas ocasiões ouvimos de nossos
Pastores que “a nossa vida, como a do Santo
Patriarca, consiste em procurarmos a Deus nos afazeres diários, encontrá-lo,
amá-lo e alegrar-nos no seu amor modo”: Sintetizando a exortação de
tantos, reproduzimos a de Dom Eugênio Sales:
A nossa vida, como a do Santo Patriarca, consiste em procurarmos a
Deus nos afazeres diários, encontrá-lo, amá-lo e alegrar-nos no seu amor.
A primeira virtude que se manifestou na vida de São José, quando
descobriu a grandeza da sua vocação e a sua pequenez pessoal, foi a
humildade. Quantas vezes, ao terminar as suas tarefas, ou no meio delas,
enquanto olhava para Jesus ao seu lado, não se perguntaria a si mesmo: Por que
Deus me escolheu a mim e não a outro? Quem sou eu para ter recebido este
encargo divino? E não encontraria resposta, porque a escolha para uma missão
divina é sempre assunto do Senhor. É Ele quem chama e dá graça abundante para
que os instrumentos sejam idôneos.
O conhecimento da chamada, a grandeza e a gratuidade da graça
recebida confirmaram a humildade de José. A sua vida esteve repleta
de agradecimento a Deus e de assombro perante a missão recebida. O mesmo
espera o Senhor de nós: que vejamos os acontecimentos à luz da nossa vocação,
vivida na sua mais plena radicalidade, que nos enchamos sempre de admiração
diante de tanto dom de Deus e agradeçamos ao Senhor a bondade que nos
manifestou ao chamar-nos para trabalhar na sua vinha.
Em sua recente visita
ao Brasil por ocasião da Jornada Mundial da Juventude o Papa Francisco
testemunha que sua vocação específica ocorreu após um encontro que ele teve com
o Senhor na Igreja de São José de Flores. Também no início de seu pontificado o
Papa Francisco já havia manifestado o quanto ele é agradecido a São José e o
quanto ele confia em seu exemplo e sua intercessão. Reproduzimos a seguir o
discurso do Papa Francisco dirigido a todos os discípulos missionários que
atuaram como voluntários na Jornada Mundial.
Queridos
voluntários, boa tarde!
Não podia
regressar a Roma sem antes agradecer, de modo pessoal e afetuoso, a cada um de
vocês pelo trabalho e dedicação com que acompanharam, ajudaram, serviram aos
milhares de jovens peregrinos; pelos inúmeros pequenos detalhes que fizeram
desta Jornada Mundial da Juventude uma experiência inesquecível de fé. Com os
sorrisos de cada um de vocês, com a gentileza, com a disponibilidade ao
serviço, vocês provaram que “há maior alegria em dar do que em receber” (At
20,35).
O serviço
que vocês realizaram nestes dias me lembrou da missão de São João Batista, que
preparou o caminho para Jesus. Cada um, a seu modo, foi um instrumento para que
milhares de jovens tivessem o “caminho preparado” para encontrar Jesus. E esse é o serviço mais bonito que
podemos realizar como discípulos missionários: preparar o caminho para que
todos possam conhecer, encontrar e amar o Senhor. A vocês que,
neste período, responderam com tanta prontidão e generosidade ao chamado para
ser voluntários na Jornada Mundial, queria dizer: sejam sempre generosos com
Deus e com os demais. Não se perde nada; ao contrário, é grande a riqueza da
vida que se recebe!
Deus
chama para escolhas definitivas, Ele tem um projeto para cada um: descobri-lo,
responder à própria vocação significa caminhar na direção da realização
jubilosa de si mesmo. A todos Deus nos chama à santidade, a viver a sua vida,
mas tem um caminho para cada um.
Alguns
são chamados a se santificar constituindo uma família através do sacramento do
Matrimônio. Há quem diga que hoje o casamento está “fora de moda”; Está fora de
moda? Na cultura do provisório, do relativo, muitos pregam que o importante é
“curtir” o momento, que não vale a pena comprometer-se por toda a vida, fazer
escolhas definitivas, “para sempre”, uma vez que não se sabe o que reserva o
amanhã. Em vista disso eu peço que vocês sejam revolucionários, eu peço que
vocês vão contra a corrente; sim, nisto peço que se rebelem: que se rebelem
contra esta cultura do provisório que, no fundo, crê que vocês não são capazes
de assumir responsabilidades, que não são capazes de amar de verdade. Eu tenho
confiança em vocês, jovens, e rezo por vocês. Tenham a coragem de “ir contra a
corrente”. E também tenham a coragem de ser felizes!
O Senhor
chama alguns ao sacerdócio, a se doar a Ele de modo mais total, para amar a
todos com o coração do Bom Pastor. A outros, chama para servir os demais na
vida religiosa: nos mosteiros, dedicando-se à oração pelo bem do mundo, nos
vários setores do apostolado, gastando-se por todos, especialmente os mais
necessitados. Nunca me esquecerei daquele 21 de setembro – eu tinha 17 anos –
quando, depois de passar pela igreja de San José de Flores para me confessar,
senti pela primeira vez que Deus me chamava. Não tenham medo daquilo que Deus
lhes pede! Vale a pena dizer “sim” a Deus. N’Ele está a alegria!
Queridos
jovens, talvez algum de vocês ainda não veja claramente o que fazer da sua
vida. Peça isso ao Senhor; Ele lhe fará entender o caminho. Como fez o jovem
Samuel, que ouviu dentro de si a voz insistente do Senhor que o chamava, e não
entendia, não sabia o que dizer, mas, com a ajuda do sacerdote Eli, no final
respondeu àquela voz: Senhor, fala eu escuto (cf. 1Sm 3,1-10) Peçam vocês
também a Jesus: Senhor, o que quereis que eu faça, que caminho devo seguir?
Caros
amigos, novamente lhes agradeço por tudo o que fizeram nestes dias. Agradeço às
pastorais, novas comunidades e movimentos que colocaram seus membros a serviço
desta jornada. Não se esqueçam de nada do que vocês viveram aqui! Podem contar
sempre com minhas orações, e sei que posso contar com as orações de vocês.
São palavras proféticas
que conclama a todos para “escolhas definitivas”, realizadas sob a inspiração e
proteção de São José, como o Papa Francisco já nos havia exortado em 19/03/2013
por ocasião do início de seu pontificado..
Ouvimos ler, no Evangelho,
que "José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor e recebeu sua esposa"
(Mt 1, 24). Nestas palavras, encerra-se já a missão que Deus confia a José: ser
guardião. Guardião de quem? De Maria e de Jesus, mas é uma guarda que depois se
alarga à Igreja, como sublinhou o Beato João Paulo II: "São José, assim
como cuidou com amor de Maria e se dedicou com empenho jubiloso à educação de
Jesus Cristo, assim também guarda e protege o seu Corpo místico, a Igreja, da
qual a Virgem Santíssima é figura e modelo" (Exortação Apostólica
Redemptoris Custos, 1).
Como
realiza José esta guarda? Com discrição, com humildade, no silêncio, mas com
uma presença constante e uma fidelidade total, mesmo quando não consegue
entender. Desde o casamento com Maria até ao episódio de Jesus, aos doze anos,
no templo de Jerusalém, acompanha com solicitude e amor cada momento. Permanece
ao lado de Maria, sua esposa, tanto nos momentos serenos como nos momentos
difíceis da vida, na ida a Belém para o recenseamento e nas horas ansiosas e
felizes do parto; no momento dramático da fuga para o Egito e na busca
preocupada do filho no templo; e depois na vida quotidiana da casa de Nazaré,
na carpintaria onde ensinou o ofício a Jesus.
Como
vive José a sua vocação de guardião de Maria, de Jesus, da Igreja? Numa
constante atenção a Deus, aberto aos seus sinais, disponível mais ao projeto
d'Ele que ao seu. E isto mesmo é o que Deus pede a Davi, como ouvimos na
primeira Leitura: Deus não deseja uma casa construída pelo homem, mas quer a
fidelidade à sua Palavra, ao seu desígnio; e é o próprio Deus que constrói a
casa, mas de pedras vivas marcadas pelo seu Espírito. E José é
"guardião", porque sabe ouvir a Deus, deixa-se guiar pela sua vontade
e, por isso mesmo, se mostra ainda mais sensível com as pessoas que lhe estão
confiadas, sabe ler com realismo os acontecimentos, está atento àquilo que o
rodeia, e toma as decisões mais sensatas. Nele, queridos amigos, vemos como se
responde à vocação de Deus: com disponibilidade e prontidão; mas vemos também
qual é o centro da vocação cristã: Cristo. (Papa Francisco, 19/03/2013)
E, após ouvirmos e
meditarmos sobre estas palavras tão significativas, cabe-nos realizar a nossa
parte e dizer “sim” ao Senhor. E, como nos disse São José Marello, em por
palavras e pelo seu testemunho, a melhor forma de fazer isso é contar com a
presença amiga de São José ao nosso lado.
“Indica-nos,
São José, o caminho, sustenta-nos a cada passo, conduze-nos para onde a Divina
Providência quer que cheguemos. Seja comprido ou curto, bom ou mau o caminho, enxergue-se
ou não a meta com a vista humana, contigo, São José, estamos certos de que
sempre caminhamos bem”.
(São José Marello –
Ensinamentos Espirituais)
4
Reflexão e Partilha
Partilhar sobre as palavras do Santo Padre, o Papa Francisco:
Como
vive José a sua vocação de guardião de Maria, de Jesus, da Igreja? Numa
constante atenção a Deus, aberto aos seus sinais, disponível mais ao projeto
d'Ele que ao seu. E isto mesmo é o que Deus pede a Davi, como ouvimos na
primeira leitura: Deus não deseja uma casa construída pelo homem, mas quer a
fidelidade à sua Palavra, ao seu desígnio; e é o próprio Deus que constrói a
casa, mas de pedras vivas marcadas pelo seu Espírito. E José é
"guardião", porque sabe ouvir a Deus, deixa-se guiar pela sua vontade
e, por isso mesmo, se mostra ainda mais sensível com as pessoas que lhe estão
confiadas, sabe ler com realismo os acontecimentos, está atento àquilo que o
rodeia, e toma as decisões mais sensatas. Nele, queridos amigos, vemos como se
responde à vocação de Deus: com disponibilidade e prontidão; mas vemos também
qual é o centro da vocação cristã: Cristo.
5 Compromisso do Mês
Exercitar-se na prática
de caminhar na presença de São José, consagrando aos seus cuidados a nossa
vocação específica, rezando várias vezes ao dia esta ou outra jaculatória
semelhante: “Indica-nos, São José, o
caminho, sustenta-nos a cada passo e conduze-nos para onde a Divina Providência
quer que cheguemos”.
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Oração Final