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do Mês
São José, Patrono do vínculo entre trabalho e família.
“José de Nazaré, "homem justo" —
cuja solenidade nos permite olhar com os olhos da fé para a grande causa do
trabalho humano — é ao mesmo tempo chefe da casa, chefe da família, da Sagrada
Família; assim como cada um de vós, meus Irmãos e Irmãs, é marido e pai, ou
esposa e mãe, responsável pela família e pela casa. Há estreito laço entre o
trabalho e a família: entre o vosso trabalho e a vossa família. É São José,
a título particular, patrono deste laço”
(Bem Aventurado Papa João
Paulo II, 19/03/1981)
Muitas foram as ocasiões, e muitos os
formadores que se expressaram de modo similar: a Sagrada Família de Nazaré é
verdadeiramente o "protótipo" de cada família cristã, e protetora de
todas as famílias, especialmente daquelas que invocam com confiança sua
proteção. Entre tantos formadores que poderíamos citar, ouçamos o Papa Bento
XVI:
A Sagrada Família de
Nazaré é verdadeiramente o "protótipo" de cada família cristã que,
unida no Sacramento do matrimônio e alimentada pela Palavra e pela Eucaristia,
é chamada a realizar a maravilhosa vocação e missão de ser célula viva não
apenas da sociedade, mas da Igreja, sinal e instrumento de unidade para todo o
gênero humano. Invoquemos agora, juntamente com a proteção de Maria Santíssima
e de São José para cada família, de modo especial para as que estão em
dificuldade. Que eles as sustentem, a fim de que saibam resistir aos impulsos
desagregadores de uma certa cultura contemporânea, que debilita as próprias
bases da instituição familiar. Ajudem as famílias cristãs a serem, em todas as
partes do mundo, imagem viva do amor de Deus. (Papa Bento XVI, 31/12/2006).
Igualmente, em diversos momentos São José é
apresentado como exemplo de trabalhador, junto com Jesus e Maria. Entre tantos
formadores que poderíamos citar, ouçamos o Papa Francisco em seu recente
pronunciamento:
“A figura de São José nos remete à dignidade e importância do trabalho, pois foi com seu pai adotivo que Jesus aprendeu a trabalhar. De fato, o trabalho enche o homem de dignidade e, em certo sentido, o assemelha a Deus que, como se lê na Bíblia, “trabalha sempre” (cf. Jo 5,17). Isso nos leva a pensar em tantas pessoas que se encontram desempregadas, muitas vezes por causa de uma concepção econômica que busca somente o lucro egoísta. Também São José teve de enfrentar momentos difíceis, saindo vencedor pela confiança em Deus que nunca nos abandona. (Papa Francisco, 01/05/2013)
Nesta Semente Josefina, meditaremos sobre um
importante ensinamento do Bem Aventurado Papa João Paulo II que, com grande
sabedoria e feliz expressão, aponta São José como Patrono do vínculo entre o
trabalho e a família.
“José de Nazaré, "homem justo" — cuja solenidade
nos permite olhar com os olhos da fé para a grande causa do trabalho humano — é
ao mesmo tempo chefe da casa, chefe da família, da Sagrada Família; assim como
cada um de vós, meus Irmãos e Irmãs, é marido e pai, ou esposa e mãe,
responsável pela família e pela casa. Há estreito laço entre o trabalho e a
família: entre o vosso trabalho e a vossa família. São José é, a título
particular, patrono deste laço”
(Bem Aventurado Papa João Paulo II, 19/03/1981)
Há estreito laço entre o trabalho e a
família. É justo e santo que o marido e pai, ou a esposa e mãe, ou ambos, se
dediquem ao trabalho, tanto para a sua realização e santificação pessoal quanto
para prover o necessário para o bem de sua família.
Para São José o trabalho sempre foi um meio
de servir a Jesus e à Maria. E foi assim porque ele fez isto por opção. A todos
os casais de todos os tempos a Sagrada Família continuará sempre a ser um
modelo e uma exortação para a opção preferencial e definitiva pela família como
um valor inestimável e insubstituível. E, mesmo para os que se decidiram seguir
este exemplo, surge uma questão prática e importante:
Como saber o justo equilíbrio entre os
esforços empreendidos pelo bem dos familiares, mesmo que isso implique em horas
a mais no trabalho ou em aceitar trabalhos em locais distantes, sem que isso
prejudique o crescimento dos filhos “em estatura, sabedoria e graça, diante de
Deus e dos homens”?
Com certeza a resposta a esta questão, tão
presente nos lares de hoje, não é fácil de ser apresentada. Este é um assunto
que precisa de discernimento, diálogo e decisão em ambiente de amor mútuo,
respeito e oração. E é justamente neste momento de discernimento que a presença
amiga de São José faz uma diferença muito grande.
São José, o Patrono do vínculo entre a
família e o trabalho, com certeza favorecerá para que os esposos, e na justa
proporção também os filhos, não deixem que a ganância fale mais alto e a
pretexto de oferecer melhor condições de vida para os filhos, estes sejam os
primeiros prejudicados pela atitude de um pai ausente, ou de uma mãe ausente.
Aos pais, ou mães, que têm de deixar o lar
para desenvolver suas atividades profissionais e estarão, portanto,
aparentemente “ausentes” do ambiente familiar, São José providencia que aqueles
que ficam percebem no gesto daquele, ou daquela, que se ausentou, uma expressão
de amor e doação.
Interpretando corretamente as palavras do
Papa João Paulo II, veremos que não é necessário, e nem é possível, optar entre
o trabalho e a família. O trabalho deve estar a serviço da família. E, se algum
dia você estiver em situação em que aparentemente teria de fazer esta opção (aceitar
ou exercer um trabalho que prejudicasse a estabilidade e a santificação de sua
família), pode ter a certeza que se trata de uma armadilha proposta pelo
inimigo! Busque a presença amiga de São José e siga suas orientações, e você
verá que existe uma alternativa para a plena realização da vocação da família. Talvez
você descubra que a sua família precisa é de você pai, você mãe, e não dos
recursos que trataria com um afastamento aparentemente inevitável. Pode ser,
entretanto, que você descubra no discernimento que a sua ausência temporária
por motivos de trabalho pode ser suprida pela sua presença afetiva no coração
daqueles ficam, os quais não dirão “fomos abandonados”, mas “somos
privilegiados de ter um pai, ou mãe, que nos ama tanto a ponto de ficar ausente
um pouco de tempo, mas está sempre presente entre nós”. Ou seja: a verdadeira
sabedoria não está na decisão de ficar perto ou ficar temporariamente longe,
mas na reta intenção (motivações justas e santas) na qual a decisão de
fundamenta.
O que o exemplo de São José nos ensina sobre
isso é que a base de tudo está no serviço e na permanente união com Deus. Ouçamos
São José Marello:
Imensas são as
vantagens que se tiram da união com Deus no santo recolhimento. Vejam a Jesus,
Maria e José, os três maiores personagens que viveram nesta terra. Que faziam
eles em Nazaré? Nada de grande e extraordinário aparentemente; não se dedicavam
senão a ocupações humildes e ordinárias, próprias de uma família de
trabalhadores. Mas estando eles animados pelo espírito de oração e de união com
Deus todas as suas ações assumiam um valor e esplendor imenso aos olhos do céu.
Não se trata, pois, de fazer ações extraordinárias, senão de fazer em cada
coisa a vontade de Deus. Sejam pequenos ou grandes os trabalhos que nos tenham
sido designados, basta que os façamos por obediência à vontade de Deus e
conseguiremos neles grandes méritos. (São José Marello)
Com São José, Patrono
do vínculo entre o trabalho e a família, aprendamos a servir a Deus, servindo
nossas famílias, também através do trabalho exercido de modo digno e com
espírito cristão.
Aprendamos a colocar
Deus e seus interesses, entre os quais está a nossa família, em primeiro lugar.
E ouçamos com carinho e generosidade as exortações do mesmo Bem Aventurado Para
João Paulo II, proferidas em 19/03/1981 quando celebrava a festa de São José
rezando com os trabalhadores e suas famílias:
Pensai
nisto vós — precisamente vós —, homens do trabalho de todo o mundo. Sobre a
dignidade da paternidade humana — sobre a responsabilidade do homem, marido e
pai, assim como também sobre o seu trabalho — apóia-se a família. José de
Nazaré dá-nos disso testemunho.
As
palavras que Deus lhe dirige "José, filho de David, não tenhas receio de
receber Maria, tua Esposa, para junto de ti" (Mt 1, 20) não são
porventura dirigidas a cada um de vós? Caros Irmãos, maridos e pais de família!
"Não temas receber Maria por esposa...". Não abandoneis! Foi
dito no princípio: "Por este motivo, o homem deixará o pai e a mãe para se
unir à sua mulher" (Gén 2, 24), E Cristo acrescenta: "Aquilo,
pois, que Deus uniu não o separe o homem" (Mc 10, 9).
A solidez
da família, a sua estabilidade é um dos bens fundamentais do homem e da
sociedade. Na base da solidez da família está a indissolubilidade do
matrimônio. Se o homem, se a sociedade procuram os caminhos que privam o
matrimônio da sua indissolubilidade e a família da solidez e da estabilidade,
então cortam quase a raiz mesma da sua salvação, privam-se de um dos bens
fundamentais, sobre que é construída a vida humana.
(Bem Aventurado Papa
João Paulo II, 19/03/1981)
4
Reflexão e Partilha
Partilhar sobre as palavras do Santo Padre, o Papa Bento XVI:
A Sagrada Família de
Nazaré é verdadeiramente o "protótipo" de cada família cristã que,
unida no Sacramento do matrimônio e alimentada pela Palavra e pela Eucaristia,
é chamada a realizar a maravilhosa vocação e missão de ser célula viva não
apenas da sociedade, mas da Igreja, sinal e instrumento de unidade para todo o
gênero humano. Invoquemos agora, juntamente com a proteção de Maria Santíssima
e de São José para cada família, de modo especial para as que estão em
dificuldade. Que eles as sustentem, a fim de que saibam resistir aos impulsos
desagregadores de uma certa cultura contemporânea, que debilita as próprias
bases da instituição familiar. Ajudem as famílias cristãs a serem, em todas as
partes do mundo, imagem viva do amor de Deus. (Papa Bento XVI, 31/12/2006).
5 Compromisso do Mês
Exercitar-se na prática
de caminhar na presença de São José, rezando várias vezes ao dia esta ou outra
jaculatória semelhante: “Indica-nos, São
José, o caminho, sustenta-nos a cada passo e conduze-nos para onde a Divina
Providência quer que cheguemos”.
6
Oração Final