São José, o Guarda do Redentor (maio de 2006)

1 Acolhida

2 Oração Inicial

3 Tema do Mês
São José, o Guarda do Redentor

Chamado a proteger o Redentor, “José fez como lhe ordenara o anjo do Senhor e recebeu a sua esposa” (Mt 1,24).  Inspirando-se no Evangelho, os Padres da Igreja, desde os primeiros séculos, puseram em relevo que São José, assim como cuidou com amor de Maria e se dedicou com empenho jubiloso à educação de Jesus Cristo, assim também guarda e protege o seu Corpo místico, a Igreja, da qual a Virgem Santíssima é  figura e modelo.
Redemptoris Custos 1


O sentido da expressão: Pai e Guarda do Redentor.

Na abertura da Exortação Apostólica edemptoris Custos, São José recebe a qualificação de “Guarda”. À primeira vista esta qualificação parece conceder-lhe apenas uma função sem muita importância. Ainda mais nos dias de hoje em que se associa o termo “guarda” à função de quem fica do lado de fora, apenas cuidando do ambiente para os que estão dentro realizem o trabalho mais importante.


Ao chamar José de Guarda do Redentor, entretanto, não é esta a visão que a Igreja tem de São José. Ele não é um personagem secundário, mas participa efetivamente da vida de Jesus e da Igreja, com uma missão específica, a qual nenhum outro personagem bíblico estava tão preparado para desempenhar quanto ele.

Tão grande foi a importância que a Igreja deu à pessoa e à missão de São José, que a encíclica Redemptoris Custos (O Guarda do Redentor) foi escrita como parte de três importantes documentos: o primeiro (Redemptoris Homini), destacando Jesus como Redentor da Humanidade, o segundo (Redemptoris Mater) destacando Maria como a Mãe do Redentor e o terceiro destacando José como o Guarda do Redentor. 

A participação de São José na vida de Jesus foi um desígnio de Deus para a redenção do homem, o que evidencia que sua participação na vida de Jesus, especialmente na missão de Pai de Jesus “o coloca mais próximo possível de Cristo, termo de toda eleição e predestinação”. Seu envolvimento no serviço a Jesus foi tão grande que “nenhuma outra pessoa, com exceção de Maria”, esteve tão intimamente ligado a Jesus, servindo-o diretamente.

José aceita o chamado para ser o Guarda do Redentor.

A teologia nos ensina que “a ação divina, embora totalmente suficiente, e que poderia, portanto, agir por si mesma, jamais dispensa a ação humana”. Neste sentido, São José entrou na economia da redenção no seu momento culminante respondendo a uma específica vocação: ser o Guarda do Redentor.  Deus quis contar com o sim de José e ele correspondeu fielmente e prontamente. Sua humildade não lhe permitia desejar tal dignidade, mas esta mesma humildade o levou a aceitar prontamente sua vocação.  

Ao ouvir a mensagem de Deus acerca do nascimento de Jesus e sua missão, “José fez como lhe propusera o anjo do Senhor e aceitou sua mulher. E não a conheceu até que deu à luz um filho, e nEle pôs o nome de Jesus”. 

Ao aceitar a missão de acolher Maria e o Menino Jesus, José aceita com alegria e empenho a missão de ser o Guarda de ambos. A ação de “pôr o nome” em Jesus é especialmente significativo para José; segundo a tradição hebraica isto implicava em assumir o compromisso paterno para com a criança. E, assim o fez José.

José, Esposo e Guarda de Maria.

A missão de Guarda do Redentor foi para José um complemento da missão de esposo e guarda de Maria. A mútua aceitação e casta entrega entre José e Maria, esposos e pais de Jesus, foi imensamente benéfica a ambos.

Através do matrimônio com Maria, José se aproximou como nenhuma outra pessoa daquela altíssima dignidade, pela qual a Mãe de Deus supera todas as criaturas.

Através do matrimônio com José, Maria encontra nele o companheiro fiel, dom de Deus e conquista de suas preces, que a ajudará na importante e difícil missão de ser a Mãe do Redentor.

Quando Maria, durante a visita do Anjo, disse o seu sim á vocação para ser a Mãe de Jesus ela já estava comprometida em casamento com José. A confiança de Maria, primeiramente em Deus e, depois dEle, em José, a quem conhecia muito bem, a levaram a dizer sim aos desígnios de Deus.

A alegria de Maria resultante da escolha de Deus em confiar a ela a missão de Mãe de Jesus foi complementada com a aceitação de José em estar a seu lado nesta importante missão. Do Anjo do Céu Maria houve a frase:  “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo” (Lc 1,28). A fidelidade e a presença constante de José em sua vida foi para Maria uma parte importante do cumprimento da promessa do Senhor. Ela teve a graça de ta-lo ao seu lado até que Jesus estivesse formado e pronto para Sua missão.

José, Guarda e Protetor da Igreja.

A Redemptoris Custos afirma que “assim como cuidou com amor de Maria e se dedicou com empenho jubiloso à educação de Jesus Cristo, assim também guarda e protege o seu Corpo místico, a Igreja, da qual a Virgem Santíssima é figura e modelo”.

Esta certeza a nós transmitida pela Igreja é consoladora e animadora. Não apenas Maria e Jesus tiveram a graça de estar aos cuidados de José: este dom também foi estendido a cada um dos membros da Igreja de Jesus, da qual também fazemos parte.

Também nós podemos dizer como São José Marello: “São José, nosso dulcíssimo protetor, rogai por nós”.

4 Reflexão e Partilha

- Qual o verdadeiro sentido da expressão: José, o Guarda do Redentor?

Maria confiou em José e alegrou-se ao saber que José entendeu e aceitou a missão de estar ao seu lado e ajudá-la a cumprir sua missão. Você tem igual confiança em São José?

5 Compromisso do Mês

Exercitar-se na confiança de que São José cuida de cada um nós como cuidou de Maria e de Jesus. E, nesta confiança, invocá-lo freqüentemente como Protetor e Pai.

6 Oração Final