São José, Mestre da Vida Interior (junho 2006)

1 Acolhida

2 Oração Inicial

3 Tema do Mês
Mestre da Vida Interior

A aparente tensão entre a vida ativa e a vida contemplativa tem em José uma superação ideal, possível para quem possui a perfeição da caridade. Atendo-nos à conhecida distinção entre o amor da verdade (caritas veritatis) e as exigências do amor (necessitas caritatis), podemos dizer que José fez a experiência quer do amor da verdade, ou seja, do puro amor de contemplação da Verdade divina que irradiava da humanidade de Cristo, quer das exigências do amor, ou seja, do amor igualmente puro do serviço, requerido pela proteção e pelo desenvolvimento dessa mesma humanidade.
Redemptoris Custos 27


A tensão entre a vida ativa e a vida contemplativa é uma aparência.

“A aparente tensão entre a vida ativa e a vida contemplativa tem em José uma superação ideal, possível para quem possui a perfeição da caridade”.

Esta afirmação da Redemptoris Custos aponta o caminho para que a tensão entre a vida ativa e a vida ativa seja rompida: a caridade.

O próprio Jesus resumiu a Lei no mandamento do amor: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, com toda a alma, com todas as forças, e com toda a mente, e ao próximo como a ti mesmo” (Lc 10, 27)

Contemplação, o amor da Verdade.

Jesus disse um dia: “Marta, Marta, andas muito inquieta e te preocupas com muitas coisas, entretanto uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte que não lhe será tirada” (Lc 10,41).  

Esta afirmação Jesus a fez por que Marta reclamava de sua irmã Maria, que ficava aos pés do Senhor, ouvindo-o falar, por um longo tempo.

A contemplação, em palavras simples, pode ser assim resumida: amar tanto a Jesus que o simples fato de estar em sua presença já basta. Contemplá-lo é amá-lo, é estar feliz em estar com Ele.

Serviço, a exigência do amor.

O Apóstolo São João afirma: “Se alguém disser: Amo a Deus, mas odeia seu irmão, é mentiroso. Porque aquele que não ama seu irmão, a quem vê, é incapaz de amar a Deus, a quem não vê. Temos de Deus este mandamento: o que amar a Deus, ame também a seu irmão”. (I Jo 5, 20 – 21)

As próprias palavras de Jesus são bastante claras sobre as exigências do amor.

“Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, com toda a alma, com todas as forças, e com toda a mente, e ao próximo como a ti mesmo” (Lc 10, 27).

“Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes” (Mt 25, 40).

“Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que deixastes de fazer isso a um destes pequeninos, foi a mim que o deixastes de fazer” (Mt 25, 45).

Todas estas afirmações de Jesus confirmam a grande importância do serviço. Servir a Jesus presente no próximo. Servir a Jesus em sua Igreja-comunidade. Servir a Jesus na Igreja-família. Servir a Jesus na Igreja-trabalho. Servir, simplesmente.


José, Mestre da Contemplação e do Serviço.  

José é o Mestre da Contemplação pois teve a graça de conviver longos e felizes anos, apesar das dificuldades que enfrentou, ao lado de Jesus, o Messias, O Redentor, feito seu filho.

Para José, contemplar e servir eram duas ações que se realizavam ao mesmo tempo.

Mas, embora a missão de José tenha sido especialíssima – conviver e servir a Jesus ao mesmo tempo – isto não é uma exceção, ou um privilégio concedido somente a José. Ao crermos na Palavra e nos ensinamentos da Igreja, abre-se nosso entendimento para compreender que assim como José teve Jesus ao seu lado por longos anos, assim também nós O temos ao nosso lado.

Para José, o grande exercício de fé era olhar o Menino Jesus e saber que Deus estava ao seu lado. Para nós, o grande exercício de fé é saber que o mesmo Jesus está ao nosso lado, sempre.

José viu e acreditou. Nós podemos entrar na bem-aventurança prometida por Jesus: “Felizes aqueles que crerem ser ter visto”.

Espiritualidade Josefina, fonte de vida interior.

A Espiritualidade Josefina é uma riquíssima fonte de vida interior e conduz ao equilíbrio entre a vida contemplativa e a vida apostólica.

Sede cartuxos em casa e apóstolos fora de casa”. Este pensamento de São José Marello exprime bem as duas tendências opostas e complementares que nortearam a sua vida: desde o início de seu ministério sacerdotal, começou aflorar nele uma tendência para a vida contemplativa e uma outra para a vida ativa de apostolado. Conduzido pela Providência, fez de sua vida uma síntese maravilhosa destas duas tendências e deixou-nos o exemplo: a partir da espiritualidade josefina, desenvolveu uma vida interior contemplativa e apostólica, uma complementando a outra.


4 Reflexão e Partilha

 São José, o Mestre da Vida Interior, é modelo de equilíbrio e complementaridade entre a vida apostólica e a vida contemplativa. Quais as prática que poderiam nos ajudar a conseguir este equilíbrio em nossa vida interior?  

5 Compromisso do Mês

 Exercitar-se no equilíbrio entre a contemplação e o apostolado. E pedir constantemente o apoio de São José para isto.

6 Oração Final