São José, Mestre da Vida Interior e do Recolhimento (Semente Josefina - Abril 2010)

1 Acolhida

2 Oração Inicial

3 Tema do Mês

São José, Mestre da Vida Interior e do Recolhimento

Todos os anos, os pais de Jesus iam a Jerusalém para a festa da Páscoa. Quando completou doze anos, eles foram para a festa, como de costume. Terminados os dias da festa, enquanto eles voltavam, Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais percebessem. Pensando que se encontrasse na caravana, caminharam um dia inteiro. Começaram então a procurá-lo entre os parentes e conhecidos. Mas, como não o encontrassem, voltaram a Jerusalém, procurando-o. Depois de três dias, o encontraram no templo, sentado entre os mestres, ouvindo-os e fazendo-lhes perguntas. Todos aqueles que ouviam o menino ficavam maravilhados com sua inteligência e suas respostas. Quando o viram, seus pais ficaram comovidos, e sua mãe lhe disse: “Filho, por que agiste assim conosco? Olha, teu pai e eu estávamos, angustiados, à tua procura!” Ele respondeu: “Por que me procuráveis? Não sabíeis que eu devo estar naquilo que é de meu Pai?” Eles, porém, não compreenderam a palavra que ele lhes falou. Jesus desceu, então, com seus pais para Nazaré e era obediente a eles. Sua mãe guardava todas estas coisas no coração. E Jesus ia crescendo em sabedoria, tamanho e graça diante de Deus e dos homens.

Lucas 2, 41-52.



Sob a proteção e orientação de São José, Jesus ia crescendo em sabedoria, tamanho e graça, diante de Deus e dos homens.

A vida da Sagrada Família em Nazaré não foi nada fácil. Habitavam em um lugar simples e pobre. Aos olhos de alguém apressado e incapaz de perceber além das aparências, Nazaré seria, portanto, uma infeliz opção para se viver; e a Sagrada Família viveu tanto tempo lá por que estava fugindo da perseguição dos inimigos de Jesus. Grande engano. A Sagrada Família viveu tanto tempo em Nazaré porque São José, Mestre da Vida Interior e do Recolhimento, sabia que este era o ambiente ideal para o crescimento do Menino Jesus, do Adolescente Jesus e do Jovem Jesus. E, sob a proteção e orientação de São José e de Maria, “Jesus ia crescendo em sabedoria, tamanho e graça diante de Deus e dos homens”.

Viver em Nazaré foi uma opção! Muito mais uma opção por um estilo de vida que uma opção por um lugar seguro e escondido. Afinal, para uma potência como era o Império Romano daquela época, que lugar do mundo poderia ser considerado isolado ou seguro? São José não escolheu Nazaré por ser um lugar seguro para se esconder e sim por ser um lugar adequado para se viver; e crescer. Aquele que aprende a viver da Providência sabe que a segurança não vem da abundância de bens, mas da generosidade do Pai Celeste, que não desampara nenhum de seus filhos.

Ao optar por Nazaré, como poderia ser por outra das pequenas aldeias da Galileia, os Santos Esposos procuraram para seu Filho um ambiente de simplicidade e recolhimento. Tanto é assim que apesar de sua brilhante inteligência, e cientes de que precisavam educar Jesus para uma grandiosa missão, escolheram para Ele uma formação estruturada em cinco pontos básicos: a formação na família; a formação na comunidade local; a formação pelo trabalho e no trabalho; a formação através do convívio e do serviço aos mais necessitados; e a formação através da leitura orante da Palavra.

Na passagem bíblica que estamos meditando, ocorrido pela ocasião da visita anual ao Templo de Jerusalém, percebemos que Jesus Adolescente, confirma a opção de seus pais e retorna com eles a Nazaré, e era obediente a eles. Até que se completasse sua formação e “chegasse sua hora”, Jesus opta por viver no recolhimento de Nazaré, junto de seus pais. Ao confiar no Pai Celeste e no Pai Terrestre, Jesus cresce em sabedoria, estarua e graça, diante de Deus e dos homens.

Sob a proteção e orientação de São José, também nós podemos crescer em sabedoria, tamanho e graça, diante de Deus e dos homens.

A mesma oportunidade que teve Jesus, de crescer ao lado de José e Maria, temos hoje cada um de nós. Mesmo sendo os tempos de hoje tão agitados e cheio de atrativos que convidam a uma via superficial e vazia, cheia talvez de atividades mas não de realizações; cheia ao extremo de informações, notícias e entretenimento, mas carente de conteúdo que realize e sacie o ser humano; mesmo assim,  é possível crescer em sabedoria, tamanho e graça, diante de Deus e dos homens. É possível, mas é preciso fazer as opções certas.

São José Marello, também ele Mestre da Vida Interior e do Recolhimento, nos ensina que “mesmo em meio ao tumulto e à agitação do mundo”, é possível fazermos pequenos “retiros espirituais”, ocasiões de recolhimento em Deus.

Façamos um quartinho em nosso coração, um lugarzinho onde possa habitar sempre Jesus e onde possamos, mesmo em meio ao tumulto e agitação do mundo, nos recolhermos em Deus e fazer ali, de vez em quando, um retiro espiritual. (São José Marello)

Aos seus Filhos e amigos, desejosos de lançar-se logo no apostolado e realizar proezas, São José Marello exortava:

Ora, e ora muito: estas são jornadas de recolhimento; preparemo-nos em silêncio, esperando o sinal de Deus.

No silêncio a alma se prepara para aquele grito altíssimo que ressoará por todo o horizonte católico; no segredo se forma o herói, como se abre a semente na natureza; no silêncio se cristalizam as grndes personalidades.

Fala pouco e trabalho muito.

É preciso imitar Maria Santíssima e São José falando pouco.

Sob a proteção e orientação de São José, também nós podemos crescer em sabedoria, tamanho e graça, diante de Deus e dos homens; e experimentarmos a alegria do “transformação”.

São José Marello, experiente Mestre e Diretor Espiritual, e profundo conhecedor da vida e espiritualidade de São José e Nossa Senhora, nos ensina o segredo da “caridade ardente”, isto é do Apostolado que realmente produz os frutos que Deus deseja, é resultado de uma “transformação”: ungidas pela caridade divina, nossas palavras e ações produzem resultados extraordinários.


Como nas bodas de Caná, na qual Jesus mandou encher as talhas de água limpa, que depois transformou em vinho, assim Deus quer que enchamos nosso coração até a borda de água limpa de bons pensamentos e retas intenções, para depois transformar esta água no vinho generoso de uma ardente caridade. (São José Marello)

Seguindo esta orientação de São José Marello e tendo por exemplos a experiência da Sagrada Família, é preciso buscar no “recolhimento” e na “comunhão” que dele resulta, encher-se daquilo que depois transmitiremos: a graça e a sabedoria que vem do alto. Como dizia Santo Agostinho: “antes de falar de Deus, é preciso falar com Deus”.

Ao deixarmos Deus encher nosso coração até a borda, estaremos prontos para o passo seguinte: saciar a sede de nossos irmãos e conduzi-los a Jesus, a fonte da Água Viva que jorra para a vida eterna.

4 Reflexão e Partilha
- Partilhar sobre a proposta de São José Marello: “Façamos um quartinho em nosso coração, um lugarzinho onde possa habitar sempre Jesus e onde possamos, mesmo em meio ao tumulto e agitação do mundo, nos recolhermos em Deus e fazer ali, de vez em quando, um retiro espiritual.”
5 Compromisso do Mês

- Oração diária da Ladainha de São José em intercessão pelo Encontro Nacional dos Devotos de São José, que ocorrerá no dia 1º. De maio, no Santuário de São José em Apucarana-Paraná.

6 Oração Final