2 Oração
Inicial
3
Tema do Mês
José e Maria nos
ajudam a celebrar bem o Dia do Senhor.
“Quando for à Santa Comunhão pensemos que Jesus vem
a nós como uma criança pequena e então roguemos a São José que nos ajude a
recebê-lo e acolhê-lo como quando ele o tinha em seus braços”. (São José Marello)
Em edições anteriores das Sementes Josefinas
refletimos sobre a importância do Sacramento do matrimônio, da Palavra e da
Eucaristia para a plena realização da vontade de Deus para a família. Vejamos
um ensinamento do Papa Bento XVI que resume esta reflexão:
A Sagrada Família de
Nazaré é verdadeiramente o "protótipo" de cada família cristã que, unida
no Sacramento do matrimônio e alimentada pela Palavra e pela Eucaristia, é
chamada a realizar a maravilhosa vocação e missão de ser célula viva não apenas
da sociedade, mas da Igreja, sinal e instrumento de unidade para todo o gênero
humano. (Papa Bento XVI)
Naquele tempo Deus
precisou de José e de Maria para a educação de Jesus. Hoje consta com cada um
de nós. Vejamos um pouco como era o dia a dia da Família de Nazaré, narrada
pelo Pe. José Antônio Bertolin, OSJ, no capítulo 10 do “Curso de Josefologia”:
Após o retorno do período do exílio, no Egito, o dia-a-dia de José
começava a tomar novamente o seu ritmo, junto com a sua castíssima esposa e o
seu filho, que “crescia robusto, cheio de sabedoria, pois a graça de Deus
estava com ele” (Lc 2,40). Como qualquer criança de seu tempo, Jesus queria
crescer, e por isso observava com atenção o comportamento do pai e da mãe e se
espelhava nos seus exemplos para tornar-se como eles. Será um aluno atento na
carpintaria como esmero e manejo da serra e as pancadas certeiras do martelo.
Sentir-se-á feliz aos sábados, ao deixar a labuta da oficina ou os bancos da
escola para acompanhar o pai à sinagoga, ficará admirado ao seguir com atenção
seus gestos e suas inclinações na casa de oração, sentira orgulho dele ao vê-lo
encaminhar-se para frente na sinagoga, pegar o pergaminho da palavra de Deus
nas mãos e proclamar em voz alta e altissonante a todos os presentes a palavra
do Senhor.
Será no convívio com os pais que aprenderá o que é necessário para a
vida, mas será também na sinagoga, lugar rico em ensinamentos, que irá entender
muitas coisas. Atraído por sua curiosidade de criança, saberá que a pequena
lâmpada, sempre acesa diante do armário que guarda sigilosamente os pergaminhos
da Sagrada Escritura, simboliza a luz da lei divina ali presente que ilumina
todos os homens. Será na frequência à sinagoga que compreenderá que as estrelas
de seis pontas significam o emblema do seu antepassado Davi, o grande rei que
escreveu salmos belíssimos, muitos dos quais já sabia de cor, pois tinha
aprendido em casa nos joelhos de Maria, sua mãe, ou na companhia do pai na
carpintaria.
Será na sua família, pequena escola de Nazaré, que Jesus aprenderá a
rezar e santificar o dia elevando o pensamento a Deus com as orações
costumeiras do israelita. José e Maria, cientes da educação devida ao filho,
não se limitarão a transmitir ensinamentos a Jesus apenas em casa, mas
seguramente o encaminharão todos os dias a uma escola sinagogal, onde terá como
livro os textos sagrados e como professor um rabi. Na escola aprenderá a
recitar em voz alta o Shemá, a fórmula fundamental da fé do seu povo, assim
como aprenderá longos trechos do Pentateuco. Em casa, aos poucos, entenderá os
episódios, da história do seu povo, e como toda criança começará a amar os seus
heróis estudados nos textos sagrados, como os Profetas, o poderoso José do
Egito, Moisés o grande libertador e líder que conduziu o povo da escravidão do
Egito pelo deserto por quarenta anos até a terra prometida, e Davi, que na sua
simplicidade abateu o gigante Golias...
O Papa Bento XVI, por sua vez, relembra que a
educação de Jesus fez parte da missão, do “papel paterno” de São José:
José
cumpriu plenamente o seu papel paterno, sob todos os aspectos. Certamente
educou Jesus na oração, juntamente com Maria. Ele, em particular, tê-lo-á
levado consigo à sinagoga, aos ritos do sábado, assim como a Jerusalém, para as
grandes festas do povo de Israel. José, segundo a tradição judaica, terá guiado
a oração doméstica quer no dia-a-dia — de manhã, à noite, nas refeições — quer
nas principais festas religiosas. Assim, no ritmo dos dias transcorridos em
Nazaré, entre a casa simples e a oficina de José, Jesus aprendeu a alternar
oração e trabalho, e a oferecer a Deus também a fadiga para ganhar o pão necessário
para a família. (Papa Bento XVI)
A celebração do “Dia do Senhor” e, como
ponto culminante desta celebração, o encontro pessoal e comunitário com Jesus
Eucarístico são dois grandes dons de Deus para a felicidade e a santificação de
nossas famílias. No dia 05/02/2015 em sua “Catequese” o Papa Francisco
falou-nos sobre a Eucaristia. Vejamos:
A Eucaristia é o ápice da ação da
salvação de Deus: O Senhor Jesus, se fez pão partido por nós, derrama sobre nós
toda a sua misericórdia e seu amor, e assim renova o nosso coração, a nossa
existência e a maneira como nos relacionamos com Ele e com os irmãos. É por
isto que sempre, quando nos aproximamos deste sacramento, se diz de: “Receber a
Comunhão”, de “fazer a Comunhão”: isto significa que o poder do Espírito Santo,
a participação na mesa eucarística se conforma de modo profundo e único a
Cristo, nos fazendo experimentar já a plena comunhão com o Pai que
caracterizará o banquete celeste, onde com todos os Santos teremos a alegria de
contemplar Deus face a face. Queridos amigos, nunca conseguiremos agradecer ao
Senhor pelo dom que nos fez com a Eucaristia! É um grande dom e por isto é tão
importante ir à Missa aos domingos.
A comunhão de vida
com Deus é um dom especial e Ele concede a cada um a graça de acolhê-lo e
permanecer com Ele e são diversos modos
para que isto aconteça. Mas, entre estes diversos modos a comunhão eucarística,
receber Jesus na Eucaristia, é certamente uma forma privilegiada de comunhão
com Cristo, pois se trata de uma união sacramental. Vejamos algumas palavras de
São José Marello:
“Quando for à Santa Comunhão pensemos que
Jesus vem a nós como uma criança pequena e então roguemos a São José que nos
ajude a recebê-lo e acolhê-lo como quando ele o tinha em seus braços”. (São
José Marello)
“Quando estivermos para chegar à Santa Comunhão, voltemo-nos para Maria
Santíssima dizendo-lhe com confiança: Mamãe, conduze-me a Jesus”. (São José
Marello)
“Agradeçamos ao Senhor por todos os bens espirituais que nos tem
concedido, especialmente agradeçamos-lhe pela Santíssima Eucaristia, que é o
maior de seus benefícios, e a melhor ação de graças é ir recebê-la com
frequência, se possível a cada dia”. (São José Marello)
Também para aqueles que estão impedidos de
receber Jesus na Santa Eucaristia a celebração do Dia do Senhor é um grande
presente de Deus. Os casais que estão vivendo uma segunda união sem ter
celebrado o Sacramento do Matrimônio, por exemplo, não podem receber a Comunhão
Eucarística, mas podem, e devem, celebrar o Dia do Senhor e viver em comunhão
com Deus. Falaremos sobre isso na próxima edição da Semente Josefina. .
4 Reflexão
e Partilha
Partilhar sobre as
palavras de São José Marello: “Agradeçamos ao Senhor por todos os bens
espirituais que nos tem concedido, especialmente agradeçamos-lhe pela
Santíssima Eucaristia, que é o maior de seus benefícios, e a melhor ação de
graças é ir recebê-la com frequência, se possível a cada dia”.
5 Compromisso
do Mês
Exercitar-se na
prática de agradecer ao Senhor pelo grande dom de podermos celebrar o “Dia do
Senhor”.
6 Oração
Final