Maria e José, exemplos de acolhida ao Senhor (Semente Josefina - dezembro de 2013)


1 Acolhida

2 Oração Inicial

3 Tema do Mês

Maria e José, exemplos de acolhida ao Senhor.

“O Filho de Deus veio entre nós na forma de homem; desde muitos séculos era esperado e desejado, e finalmente veio, mas não como acreditava o mundo, isto é com pompa, senão na humilhação. Ele em sua bondade se rebaixou até nós e assim nos elevou até Deus. O Menino Jesus se fez pobre para enriquecer-nos, fraco para fortalecer-nos”. (São José Marello)

O Verbo se fez carne e habitou entre nós. Estas palavras do Evangelho resumem um dos maiores acontecimentos da história da humanidade. E, como nos lembra São José Marello, “o Filho de Deus veio entre nós na forma de homem; desde muitos séculos era esperado e desejado, e finalmente veio, mas não como acreditava o mundo, isto é com pompa, senão na humilhação”.
Sua chegada foi anunciada, mas nem todos estavam preparados.  José e Maria, entretanto, cada um a segundo sua vocação e ajudando-se mutuamente, se prepararam para acolher o Menino:
Maria e José foram as almas que melhor prepararam o caminho do Senhor. Portanto nós devemos imitar estes dois exemplares se queremos preparar devidamente a vinda do Menino Jesus: por isso, primeiro devemos considerar atentamente a sua conduta  e depois praticar fielmente aquelas virtudes que eles exerceram, especialmente a humildade, a paciência e a conformidade com a vontade de Deus. São José Marello
Na Exortação Apostólica Redemptoris Custos – São José, o Guarda do Redentor – o Papa João Paulo Segundo lembra que José e Maria foram “testemunhas privilegiadas” da vinda do Filho de Deus ao mundo:
Como depositário do mistério «escondido desde todos os séculos em Deus» e que começa a realizar-se diante dos seus olhos na «plenitude dos tempos», José encontra-se juntamente com Maria na noite de Belém, qual testemunha privilegiada da vinda do Filho de Deus ao mundo. São Lucas exprime-se assim: «Enquanto eles ali (em Belém) se encontravam, completaram-se para ela os dias da gestação. E deu à luz o seu filho primogênito, que envolveu em faixas e recostou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria» (Lc 2, 6-7).
José foi testemunha ocular deste nascimento, que se verificou em condições humanamente humilhantes, primeiro anúncio daquele «despojamento», no qual Cristo consentiu livremente, para a remissão dos pecados. Na mesma ocasião, José foi testemunha da adoração dos pastores, que acorreram ao lugar onde Jesus nascera, depois de um anjo lhes ter levado esta grande e jubilosa notícia (cf. Lc 2, 15-16); mais tarde, foi testemunha também da homenagem dos Magos, vindos do Oriente (cf. Mt 2, 11). (Redemptoris Custos, 10)
Em Jesus, Deus se faz homem e vem habitar no meio de nós. E esta alegre notícia é comunicada a muitos, mas nem todos a recebem de igual modo. Alguns o acolhem mais rapidamente, outros tem de percorrer um caminho mais longo.

O Papa Bento XVI, por sua vez, nos faz ver que a visita dos pastores a Jesus ocorre antes da visita dos sábios vindos do Oriente; e que isto não ocorre por acaso ou simplesmente devido a menor distância geográfica: as almas mais simples habitam mais perto do Senhor, são seus vizinhos e podem facilmente chegar até ele, enquanto a maior parte de nós, homens modernos, vive longe de Jesus Cristo pois estão envolvidos com filosofias, negócios e  ocupações que os enchem totalmente e a partir dos quais o caminho para a manjedoura se torna muito longo.  Vejamos a exortação do Papa Bento VI:  

Os primeiros que vieram ao pé de Jesus na manjedoura e puderam encontrar o Redentor do mundo foram os pastores, as almas simples. Os sábios vindos do Oriente, os representantes daqueles que possuem nível e nome chegaram muito mais tarde. E os comentadores acrescentam: O motivo é totalmente óbvio. De facto, os pastores habitavam perto. Não tinham de fazer mais nada senão «atravessar» (cf. Lc 2, 15), como se atravessa um breve espaço para ir ter com os vizinhos. Ao contrário, os sábios habitavam longe. Tinham de percorrer um caminho longo e difícil para chegar a Belém. E precisavam de guia e de orientação.

Pois bem, hoje também existem almas simples e humildes que habitam muito perto do Senhor. São, por assim dizer, os seus vizinhos e podem facilmente ir ter com Ele. Mas a maior parte de nós, homens modernos, vive longe de Jesus Cristo, d’Aquele que Se fez homem, de Deus que veio para o nosso meio. Vivemos em filosofias, em negócios e ocupações que nos enchem totalmente e a partir dos quais o caminho para a manjedoura é muito longo.

Quer tenhamos a graça de acolher Jesus com a simplicidade dos Pastores, quer precisemos percorrer um caminho mais longo, como os Sábios, o que realmente importa é preparar-se para acolher Aquele que vem. Ou, expressando-se melhor: para agradecer e celebrar a presença daquele que já está e estará para sempre no meio de nós. Para esta preparação, São José Marello nos orienta a olhar para o Santo Casal, aprender com ele e imitá-los naquilo que realmente importa: “praticar fielmente aquelas virtudes que eles exerceram, especialmente a humildade, a paciência e a conformidade com a vontade de Deus”.

José e Maria, exemplos de acolhida ao Senhor, rogai por nós que recorremos a vós!

4 Reflexão e Partilha
ü  Partilhar sobre as palavras de São José Marello: 
Maria e José foram as almas que melhor prepararam o caminho do Senhor. Portanto nós devemos imitar estes dois exemplares se queremos preparar devidamente a vinda do Menino Jesus: por isso, primeiro devemos considerar atentamente a sua conduta  e depois praticar fielmente aquelas virtudes que eles exerceram, especialmente a humildade, a paciência e a conformidade com a vontade de Deus.
5 Compromisso do Mês

ü  Em preparação para o Santo Natal, exercitar-se na imitação de Maria e José, como recomenda São José Marello e, “praticar fielmente aquelas virtudes que eles exerceram, especialmente a humildade, a paciência e a conformidade com a vontade de Deus”.


6 Oração Final