2 Oração Inicial
3 Tema do Mês
José, o Protetor dos Trabalhadores.
A Igreja, propondo São José como protetor dos trabalhadores e dos artesãos, fez dele um ponto de referência e um modelo para tantas pessoas que empregam o próprio tempo em atividades aparentemente profanas. O esposo de Maria ensina que as obras do homem não são jamais estranhas ao desígnio de Deus. Do trabalho brota a santificação, quando quem trabalha age em sintonia com o Criador. Como fez São José, silencioso operário da casa de Nazaré. Compartilhando com José e Maria os cansaços do dia a dia das atividades mais comuns, Jesus nos ilumina sobre o fato que todo trabalho, mesmo humilde e escondido, aproxima o homem ao mistério da Cruz.
Papa João Paulo II, Festa de São José, 1991
Por ocasião da 4ª. Semana Teológica e Pastoral de São José, ocorrida em Curitiba – Paraná, de 25 a 30 de outubro de 2011), o Pe. Michele Píscopo, Superior Geral dos Oblatos de São José, Pe. Miguel como é conhecido aqui no Brasil, proferiu uma conferência sobre São José e a Espiritualidade do Trabalho.
Transcrevemos nesta Semente Josefina parte do seu pronunciamento, no qual ele apresenta José, o Protetor dos Trabalhadores. Vejamos:
Para a história, Jesus era o “filho do carpinteiro”.
Naquele tempo, entre os deveres que um pai tinha para com os filhos, era o de ensinar-lhes uma profissão. Eis, então que a carpintaria de Nazaré se torna a escola onde José educa o Filho nos deveres religiosos, familiares, sociais e profissionais: “No crescimento humano de Jesus (em sabedoria, idade e graça) desempenhou uma notável parte a virtude da laboriosidade, sendo o trabalho um bem do homem que transforma a natureza e torna o homem em certo sentido mais humano” (Redemptoris Custos 23).Filho de um carpinteiro que vive da própria fatiga manual, Jesus aprende na carpintaria a profissão do pai. Partilha com José a fatiga, o suor, mas também a alegria de transformar a natureza em objetos para a necessidade dos outros, tudo isso ele o realiza como verdadeiro homem.O Filho de Deus trabalha com a mão de homem, pensa com a mente de homem, age com a vontade de homem e ama com o coração de homem (Gaudium et Spes 22). Quis ser trabalhador como os outros, sujeito à humildade e à fatiga do trabalho manual, classificado como membro de uma honesta e humilde categoria social, sentiu em sua carne as dificuldades econômicas para viver.Jesus foi homem do trabalho manual, não desdenhou a qualificação de carpinteiro e trabalhar na oficina de seu pai, mas quis consagrar o trabalho humano com o suor divino. Quis ser um trabalhador para ser nosso irmão e amigo e para tornar-se acessível a nós, para anular qualquer distância entre Ele e nós. E fazendo desta maneira, santificou essa atividade cotidiana comum a todos.A primeira experiência de Jesus foi da família, depois do trabalho, e enfim, a messiânica. Era o Messias proveniente da classe operária, ou seja, da fila dos pobres e escolheu como seus discípulos e depois seus colaboradores pobres e humildes trabalhadores e os chamou enquanto estavam trabalhando.Com a sua operosidade silenciosa na oficina de Nazaré, Jesus ofereceu a mais elevada demonstração da dignidade do trabalho. O Evangelho narra que os habitantes de Nazaré, seus conterrâneos, receberam-no com admiração, perguntando-se uns aos outros: “De onde (lhe) vem esta sabedoria e estes milagres? Este homem não é o filho do carpinteiro?” (Mateus 13, 54-55).Após séculos de fortes tensões sociais e ideológicas o mundo contemporâneo, cada vez mais interdependente, tem necessidade desse “evangelho do trabalho”, a fim de que a atividade humana possa promover o autêntico desenvolvimento das pessoas e da inteira humanidade.São José ofereceu a Jesus uma família, a Sagrada Família, e lhe ensinou a trabalhar na sua oficina. Ele pode nos ajudar na nossa vida familiar e de trabalhadores e também a acreditarmos na bondade de uma vida austera e aberta a solidariedade para com os pobres e excluídos da sociedade de hoje.(Pe. Michele Píscopo, OSJ).
4 Reflexão e Partilha
Partilhar sobre as palavras do Pe. Miguel:Jesus foi homem do trabalho manual, não desdenhou a qualificação de carpinteiro e trabalhar na oficina de seu pai, mas quis consagrar o trabalho humano com o suor divino. Quis ser um trabalhador para ser nosso irmão e amigo e para tornar-se acessível a nós, para anular qualquer distância entre Ele e nós. E fazendo desta maneira, santificou essa atividade cotidiana comum a todos.
Exercitar-se na prática da laboriosidade, trabalhando com dedicação em tudo o que fizermos, e deixando de lado o vício da lamúria (reclamar das coisas ou circunstâncias.
Exercitar a justiça social, não sendo conivente com situações injustas a que são expostos alguns trabalhadores.
6 Oração Final